Declaração de Amor- Drummond de Andrade
No passado sábado dia 20 de Maio, tive num belíssimo jantar de aniversário com amigos.
Mas, porque as minhas ressacas são terríveis , no domingo, dia 21 tinha a minha cabeça a pesar 3 toneladas, e o meu Fígado, Estômago e Intestinos não pararam de ralhar comigo todo o dia...
Desmarquei um passeio de bicicleta matutino no Guincho e levantei-me por volta das 13 horas...
Porque a minha postura actual é de tentar ter uma vida o mais rica possível, fui passar uma tarde diferente. Fui passear ao Jardim Botânico da Ajuda...
Foram quase 3 horas passadas a ler, a ver as mil flores, e a respirar os mil aromas que aquele espaço nos proporciona.
E porque estava rodeado de flores, lembrei-me então de um poema de Carlos Drummond de Andrade, que quero partilhar convosco.
É uma declaração de amor, tão simples quanto bonita
Ofereço-vo-la...
"Minha flor minha flor minha flor.
Minha prímula meu pelargónio meu gladíolo meu botão-de-ouro.
Minha peónia.
Minha cineráriaminha calêndula minha boca-de-leão.
Minha gérbera. Minha clivia. Meu cimbidio.
Flor flor flor.
Floramarilis. Floranémona. Florazálea.
Clematite minha. Catléia definio estrelitzia.
Minha hortensegerânea.
Ah, meu nenúfar. Rododendro e crisântemo e junquilho meus.
Meu ciclámen.
Macieira-minha-do-japão.
Calceolária minha. Daliabegónia minha.
Forsitiaris tuliparrosa minhas.
Violeta... Amor-mais-que-perfeito.
Minha urze.
Meu cravo-pessoal-de-defunto.
Minha corola sem cor e nome no chão de minha morte."
Mas, porque as minhas ressacas são terríveis , no domingo, dia 21 tinha a minha cabeça a pesar 3 toneladas, e o meu Fígado, Estômago e Intestinos não pararam de ralhar comigo todo o dia...
Desmarquei um passeio de bicicleta matutino no Guincho e levantei-me por volta das 13 horas...
Porque a minha postura actual é de tentar ter uma vida o mais rica possível, fui passar uma tarde diferente. Fui passear ao Jardim Botânico da Ajuda...
Foram quase 3 horas passadas a ler, a ver as mil flores, e a respirar os mil aromas que aquele espaço nos proporciona.
E porque estava rodeado de flores, lembrei-me então de um poema de Carlos Drummond de Andrade, que quero partilhar convosco.
É uma declaração de amor, tão simples quanto bonita
Ofereço-vo-la...
"Minha flor minha flor minha flor.
Minha prímula meu pelargónio meu gladíolo meu botão-de-ouro.
Minha peónia.
Minha cineráriaminha calêndula minha boca-de-leão.
Minha gérbera. Minha clivia. Meu cimbidio.
Flor flor flor.
Floramarilis. Floranémona. Florazálea.
Clematite minha. Catléia definio estrelitzia.
Minha hortensegerânea.
Ah, meu nenúfar. Rododendro e crisântemo e junquilho meus.
Meu ciclámen.
Macieira-minha-do-japão.
Calceolária minha. Daliabegónia minha.
Forsitiaris tuliparrosa minhas.
Violeta... Amor-mais-que-perfeito.
Minha urze.
Meu cravo-pessoal-de-defunto.
Minha corola sem cor e nome no chão de minha morte."