terça-feira, junho 27, 2006

Musicando



Inspirado por quem tem “Devaneios da Cor do céu”, e por “Quem Não é Carente”, apeteceu-me falar de Música.

Musicalmente falando sou uma autêntica Aberração da Natureza. O meu ouvido é mais estúpido que uma Abrótea, a minha coordenação motora, é pior que a de uma Alface.
Mas eu sou assim, o que é que eu hei-de fazer???

Tentei aprender música durante 15 anos!!!!!!
9 Anos Piano e 6 Guitarra Portuguesa, imaginem.

Lá em casa toda a gente sabia tocar música, havia uma boa colecção de instrumentos musicais, e toda a família investiu em mim para que daqui surgisse um Beethoven, mas para melhor ainda. Eu seria o ponto alto musical das últimas 3 gerações da minha família.

Não conseguiram nada pobres coitados dos meus mecenas...

Hoje em dia não sei tocar RIGOROSAMENTE NADA! E não sei se determinada nota é um Fá se um Mi, ou um Sol...
Tantas aulas pagas com solfejo para dar este triste fim.

Minto... sei tocar CD Player, Telefonia, Gira-Discos e por vezes, é a loucura... o meu momento alto... toco campainhas.

Destas últimas consigo tirar sons fabulosos (Perguntem à minha vizinha do 4º andar os sons que eu conseguia tirar da campainha dela quando chegava dos copos à 4 ou 5 da manhã)...

Em desespero de causa, os meus queridos pais tentaram que eu brilhasse num grupo coral semi-profissional, fui tenor, até o maestro me ter pedido que nas notas mais graves e nas mais agudas eu devia fazer “playback” para não estragar os esforço dos outros 45 autênticos rouxinóis...

Resumindo, para além de ter ouvido mais estúpido que uma Abrótea, a coordenação motora de uma Alface, consigo ter a voz de um ...Ganso-Patola (com gripe das aves, claro!).

(Deixei de ter a quem dar boleia quando as pessoas descobriram que canto a conduzir).

Bem continuando...

Mas, assim como um analfabeto pode gostar de poesia, um maneta pode gostar de pintura, ou um paralítico pode gostar de bailado,
eu...,
peço desculpa, mas...
Adoro Música,
...Boa música, é para mim tão importante como respirar.

Com música acordo e adormeço, trabalho, conduzo, leio, converso.
E antigamente..., quando amava..., também o fazia com música pois claro.
Só com música vivo.

Para mim a vida é uma pauta que continuo sem perceber, mas que vou ouvindo, sem parar!

Sendo musicalmente limitado, como já viram que sou, não estranham que para mim a música se divide em dois tipos:


A música que gosto e...
a que não gosto.

Ao que dizem, aqueles sons que eu digo que gosto, chamam-se sobretudo Jazz, Blues, Rock, Clássica e... “at last but not least” Fado e outros tantos géneros alguns dos quais desconheço o nome.

Para mim a minha música é mais do que nome, géneros, notas, claves ou instrumentos...
...Música foram os momentos, os sentimentos, as pessoas e os segundos desta vida, que “tique-taqueiam” neste relógio ferrugento que é minha vida.

E as lágrimas e os gargalhares... com que notas os toquei?

Doravante, irei escrever alguns posts dedicados à minha música, às minhas músicas e recordações. À minha gente e às minha emoções, que cada vez mais rareiam...

Desejo-vos boas escutas, e aqui vos deixo um beijo sonoro.